E quando não é possível ver a dor?
- psicamilaborgess
- há 4 dias
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Quando o adoecimento é visível — como uma inflamação ou uma lesão — ele costuma ser reconhecido e validado com mais facilidade. Nesses casos, buscar ajuda profissional é visto como algo natural.
Mas quando o sofrimento é invisível, sentido apenas por quem o vive, surgem os questionamentos:
🗣️ “Será que é tristeza mesmo ou só uma desculpa?”
🗣️ “Ela não tem motivo pra estar assim, que absurdo!”
Frases como essas ainda são comuns e refletem uma visão estereotipada sobre o sofrimento psíquico. Mesmo hoje, a saúde mental continua sendo negligenciada por muitos, como se não fizesse parte da saúde integral e do cotidiano.
O sofrimento emocional, muitas vezes, é deslegitimado — reduzido a “loucura” ou falta de força de vontade. Isso pode gerar vergonha, culpa e dificultar (ou até impedir) a busca por ajuda profissional. Também contribui para a desinformação e o agravamento de quadros emocionais.
Essa visão não surgiu do nada. Ela é fruto de um longo processo histórico que buscou classificar e excluir o que era considerado “desviante”. E, embora tenhamos avançado, os estigmas e discriminações ainda persistem e geram impactos profundos.
Falar sobre isso é urgente. Compartilhar informação de qualidade e romper com esses estigmas é um passo importante para construir práticas de cuidado mais humanas e efetivas — e para lembrar: saúde mental é um direito de todos.
✨ Cuidar de você é um ato de coragem e de amor próprio. Se você sente que precisa de apoio, a psicoterapia pode ser um espaço seguro para acolher sua dor, promover autoconhecimento e construir caminhos possíveis.
Camila Bezerra Borges
Psicóloga | CRP 06/171190
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