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Entre os afetos, as emoções e os sentimentos

  • psicamilaborgess
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 9 horas


Você já parou para pensar em como somos afetados pelas relações, pelas palavras, pelo ambiente que nos cerca?

Segundo o psicanalista Christian Dunker, os afetos dizem respeito àquilo que incide sobre o sujeito — ou seja, como os estímulos externos nos tocam, nos atravessam, e produzem efeitos em nosso corpo e nossa experiência. Eles não são apenas reações isoladas; estão profundamente ligados à nossa história e ao modo como nos relacionamos com o mundo.


As emoções surgem, muitas vezes, como uma resposta imediata e corporal diante de um estímulo. Elas acontecem no momento em que vivenciamos ou presenciamos uma situação específica — uma espécie de “ato do sentir”.


os sentimentos envolvem uma elaboração mais profunda. São uma tradução subjetiva (e também social) de como essas emoções são interpretadas ao longo do tempo. Em outras palavras, eles carregam um conjunto de significados, memórias e associações — conscientes ou não — que moldam nossa forma de experimentar o mundo.


É por isso que dizemos que todo afeto carrega uma história de repetições e representações. O medo, por exemplo, pode não surgir apenas por causa de um acontecimento pontual, mas por uma repetição de experiências nas quais a pessoa se sentiu julgada, envergonhada ou vulnerável ao expressar o que pensa e sente.

Vivemos em uma sociedade que muitas vezes valoriza o fazer em detrimento do sentir. E isso pode levar muitos a reprimirem suas emoções, acreditando que elas atrapalham, enfraquecem ou tornam a pessoa menos capaz.


No entanto, as emoções não seguem uma lógica de serem “boas” ou “ruins”. Elas simplesmente são — e todas carregam mensagens importantes sobre nossas vivências. Por isso, é tão necessário compreendê-las, acolhê-las e escutá-las, ao invés de reprimi-las.

Reprimir um afeto ou fugir daquilo que ele desperta pode até funcionar por um tempo, mas não é algo sustentável a longo prazo. Nossa saúde emocional depende de espaços onde possamos refletir sobre essas experiências, construir sentidos e dar voz ao que sentimos — com cuidado, presença e respeito.


Psicóloga Camila Bezerra Borges

CRP 06/171190

 
 
 

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